O Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) está apurando uma grave denúncia de um suposto esquema de rachadinha envolvendo o presidente da Câmara de Vereadores de Barra de Santa Rosa, no Curimataú do estado. Segundo a acusação, Edson Guedes Monteiro (União Brasil), estaria recebendo parte dos salários de funcionários da Casa Legislativa.
De acordo com a denúncia, imagens de câmeras de segurança da Câmara registraram o presidente recebendo valores em dinheiro, que seriam parte dos salários de servidores. Em um dos flagrantes, datado de 25 de março de 2024, um homem aparece entregando notas de dinheiro a Edson. Em outro registro, de 23 de maio, a cena se repete.
Suposto esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de vereadores de Barra de Santa Rosa é investigado pelo TCE-PB — Foto: Reprodução
Ranávio Xavier, ex-funcionário do gabinete de Edson, revelou que era obrigado a devolver parte do salário ao presidente. “A gente fazia a devolução de uma porcentagem, que variava de pessoa para pessoa. As mais próximas dele devolviam um valor menor, enquanto outros tinham que devolver mais”, afirmou Ranávio, que declarou receber R$ 2 mil mensais, dos quais R$ 800 precisavam ser repassados.
Suposto esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de vereadores de Barra de Santa Rosa é investigado pelo TCE-PB — Foto: Reprodução
Ranávio também destacou as dificuldades enfrentadas em casa por conta da prática: “Tirava da minha família, passava perrengue. Precisava da ajuda da minha mãe e da minha avó para completar a renda.”
Em resposta, Edson Guedes negou as acusações e afirmou que tudo não passa de uma armação política. “Não tenho conhecimento desses fatos. Tenho uma vida limpa na cidade e estou tranquilo quanto à minha inocência”, disse o vereador, que cumpre seu sexto mandato e está em sua quinta gestão como presidente da Câmara.
Suposto esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de vereadores de Barra de Santa Rosa é investigado pelo TCE-PB — Foto: Reprodução
O conselheiro Nominando Diniz, relator do caso no TCE-PB, confirmou que a denúncia foi recebida e está sendo analisada pela auditoria do tribunal. Além disso, o caso poderá ser encaminhado ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) para investigação de possíveis crimes.
O POVO PB com Tv Cabo Branco
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